“VIDA”

O QUE É VIDA?

COMO GOSTARIA, SABER.

BUSCO RESPOSTAS, QUESTIONO.

AINDA NÃO AS TENHO.

SERÁ QUE AS TEREI EM ALGUM MOMENTO? COM CERTEZA.

VIDA.

É AMOR? É ESTAR COM ALGUÉM, TER ALGUÉM?

É CONFIAR NOS SENTIMENTOS.

É ESTAR SÓ, SOLITÁRIO, SOLIDÃO?

É INTENSIDADE PARA VIVER.

É SAUDADE?

É PRESENÇA, É AUSÊNCIA, É DISTÂNCIA.

É SORRIR E PODER CHORAR TAMBÉM.

É PODER SONHAR.

É SIMPLESMENTE FITAR, OLHAR PROFUNDAMENTE NOS OLHOS QUE MUITAS COISAS VIRAM.

VIDA.

É UM NOVO AMANHÃ QUE COMEÇA AMANHÃ.

É UM ONTEM QUE CONSEGUIMOS VIVER, HOJE.

O QUE E VIDA?

VIDA, É VIDA.

Plinio Elias de Araújo Oliveira – PEAO

Sítio São Francisco de Assis

Divinópolis Minas Gerais

15/10/2021

“A VELHA E SAUDOSA MARIA FUMAÇA –

 O TREM DE FERRO”

“Loucuras de uma turma de moleques”

            QUANDO OUVÍAMOS BEM DISTANTES O APITO DA VELHA MARIA FUMAÇA NUMA INTENSIDADE SEMPRE CRESCENTE COMO TIVESSE NOS AVISANDO QUE ESTAVA CHEGANDO PARA GENTE COMEÇAR AS NOSSAS BRINCADEIRAS, A MENINADA DE TODOS OS CANTOS DA CIDADE CORRIA PARA A VELHA ESTAÇÃO DA REDE MINEIRA DE VIAÇÃO – R.M.V. NA NOSSA TAMBÉM VELHA ITAPECERICA.

            DESCALÇOS, COM OS PÉS NO CHÃO SUJOS DE POEIRA, OS DEDÕES MACHUCADOS NAS PELADAS DE FUTEBOL, CORRÍAMOS PARA A VELHA ESTAÇÃO, ONDE NOS ENCONTRÁVAMOS E IMEDIATAMENTE DESCIAMOS A RUA DA LINHA DE FERRO OU RUA DA ZONA COMO ERA CONHECIDA ONDE AS PROSTITUTAS FICAVAM SENTADAS SEM QUALQUER COMPUSTURA, RINDO PARECIAM FELIZES, O QUE NÃO ERAM, POBRES COITADAS COM SUAS HISTÓRIAS TRISTES DE ABANDONOS E SOFRÊNCIAS, COM SEUS MORADORES COM SUAS CASINHAS SIMPLES, HUMILDES, MAS DE UMA CORDIALIDADE INCRÍVEL CARACTERÍSTICA ÚNICA DE NOSSA ITAPECERICA, E NÓS AINDA CONTINUÁVAMOS DESCENDO A VELHA RUA DA ZONA PARA ENCONTRAR COM A VELHA E BELA MARIA FUMAÇA, SOLTANDO DE SUA CHAMINÉ AQUELE ROLO DE FUMAÇA DEIXANDO PEQUENAS FAGULHAS PELO SEU CAMINHO COM SEUS CHEIROS CARACTERÍSTICOS.

            E QUANDO A GENTE A AVISTAVA LÁ PARA OS LADOS DAS QUATROS BICAS FICÁVAMOS COMO QUE EXTASIADOS, NOS TOCAVA PROFUNDAMENTE AQUELE MOMENTO, ERA UM MOMENTO MUITO MÁGICO, ÚNICO, CORRÍAMOS EM SUA DIREÇÃO FEITOS LOUCOS COMO QUE QUERENDO ABRAÇAR A VELHA LOCOMOTIVA, O MAQUINISTA TAMBÉM PARTICIPAVA DESTE MOMENTO FICAVA NOS CUMPRIMENTANDO BALANÇANDO AS MÃOS, SOLTANDO SEUS APITOS E BATENDO O SINO, OS FREIOS CANTANDO NOS TRILHOS COMO QUE PARECIA NOS SAUDAR.

            ALI NAQUELE MOMENTO COMEÇAVA NOSSA IRRESPONSABIIDADE TOTAL, UMA DEMONSTRAÇÃO DE CORAGEM, E LOUCURA QUE FAZÍAMOS, ONDE IAMOS NOS PENDURANDO SUBINDO NOS VAGÕES, SUBINDO PELOS ESTRIBOS, UNS SUBIAM NO TETO DOS VAGÕES FICANDO DE PÉ ABRINDO OS BRAÇOS, COMO UMA GRANDE CONQUISTA, OUTROS, IAM PULANDO OS VAGÕES, QUE LOUCURAS COMO NOS ENCHIA DE ORGULHO, POR TAMANHA PROEZAS, SENTÍAMOS PODEROSOS, LOUCOS, MAS FELIZES.

            O APITO E OS RUÍDOS DOS FREIOS NOS TRILHOS PARANDO A GRANDE MÁQUINA, IAM NOS ENCORAJANDO DE UMA MANEIRA INEXPLICÁVEL, ERA UMA ADRENALINA MARAVILHOSA QUE CADA UM SENTIA.

            MAS O GRANDE PERIGO ERA O LIMITE ENTRE A IRRESPONSABILIDADE E A LOUCURA, NADA NOS PARAVA, NADA, PESSOAS GRITAVAM, NOS XINGAVAM, NÃO ADIANTAVA ERAM MOMENTOS SÓ NOSSOS, MARAVILHOSOS.

ERA UMA PROVA QUE TÍNHAMOS QUE VENCER O MEDO, ERA UM GRANDE DESAFIO PARA QUEM FIZESSE, ERAM POUCOS, MUITO POUCOS QUE TINHAM ESTA CORAGEM, TÍNHAMOS O RESPEITO DAS TURMAS, QUE ERA DE SUBIR NA GRADE DA VELHA MARIA FUMAÇA QUE DÁVAMOS O NOME DE “PEGA CACHORRO” OU “MATA CACHORRO”, ONDE FICÁVAMOS AGARRADOS ATÉ CHEGAR NA ESTAÇÃO, ESPERANDO A VELHA LOCOMOTIVA PARAR PARA A GENTE DESCER, MUITAS VEZES PULÁVAMOS DA MÁQUINA AINDA EM MOVIMENTO, JÁ BEM LENTA PORQUE SABÍAMOS QUE O PESSOAL FUNCIONÁRIOS DA ESTAÇÃO VIRIAM TENTAR NOS PEGAR, PARA NOS ENTREGAR PARA NOSSOS PAIS, SOMENTE TINHAMOS A CERTEZA DO GRANDE CASTIGOS QUE NOS ESPERAVAM, MAS ISTO NAQUELE MOMENTOS NÃO NOS IMPORTAVA, PARA A GENTE VALIA O RISCO.

            E QUANDO A VELHA MÁQUINA PARAVA, JUNTOS ÍAMOS TODOS NOS DISPERSANDO, CADA TURMA IA TOMANDO SEUS CAMINHOS, PELAS RUAS DA VELHA ITAPECERICA, CADA UM INDO PARA SUAS CASAS PEGANDO SUAS DIREÇÕES, E TODOS QUE PARTICIPARAM DESTES MOMENTOS DE UMA LOUCURA INFANTIL, IRRESPONSÁVEL QUE NUNCA VOU ESQUECER E ACREDITO QUE MUITOS DELES TAMBÉM NÃO ESQUECERÃO JAMAIS, E GUARDAM EM SUAS MEMÓRIAS ESTES MOMENTOS, QUE NOS MARCARAM MUITO, FORAM INESQUECÍVEIS.

CADA UM CONTANDO DO SEU JEITO SUAS FAÇANHAS, FANTASIANDO, E AUMENTADO O FEITO E COMO FIZERAM E FIZEMOS, COM OS PEITOS ESTUFADOS DE ORGULHO PELAS NOSSAS PROEZAS, SENTÍAMOS UNS VERDADEIROS HEROIS, E AÍ AINDA DESCALÇOS COM OS DEDÕES ESFOLADOS, ÍAMOS PARA NOSSAS CASAS, E SEM PENSAR NAS NOSSAS IRRESPONSABILIDADES, COMO ÉRAMOS IRRESPONSÁVEIS, MAS ÉRAMOS FELIZES.

SÃO MOMENTOS DE MUITAS SAUDADES QUE FICARAM E FICARÃO MARCADAS MAIS UMA DE MUITAS DAS NOSSAS LOUCURAS DE INFÂNCIAS NA NOSSA QUERIDA ITAPECERICA, COM A VELHA LOCOMOTIVA A VELHA MARIA FUMAÇA, O VELHO TREM DE FERRO, TAMBÉM PARTE DE NOSSAS HISTÓRIAS, DE MINHAS HISTÓRIAS.

AGORA NÃO TEMOS MAIS A VELHA LOCOMOTIVA, SOMENTE LEMBRANÇAS, MARCANTES, MARCADAS NO MEU CORAÇÃO COMO TAMBÉM DE MUITOS.

HOJE EM ITAPECERICA, DEPOIS DE MUITOS ANOS, FUI ONDE FICAVA A VELHA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA RMV – REDE MINEIRA DE VIAÇÃO, QUE A GENTE MOLECAMENTE A APELIDAMOS DE “RUIM MAIS VAI - RMV”, FIQUEI PARADO POR VÁRIOS MINUTOS COM MEU OLHAR PERDIDO ONDE TINHAM OS TRILHOS PARECIA, QUE OS PROCURAVA, COMO TENTAVA VER A VELHA “MARIA FUMAÇA” CHEGANDO, MANOBRANDO, TRAZENDO SEUS PASSAGEIROS, COM SEUS APITOS E SINOS ANUNCIANDO SUA CHEGADA. INFELIZMENTE, LAMENTÁVELMENTE, NÃO OS VIA MAIS.

TENTAVA ORDENAR MEUS PENSAMENTOS, MINHAS LEMBRANÇAS, MEUS MOMENTOS, INFELIZMENTE NÃO CONSEGUIA, COMO DOÍA MEU CORAÇÃO DE TANTAS SAUDADES, COMO DOÍA, QUANTAS EMOÇÕES.

 SOMENTE AINDA TENTO DE UMA MANEIRA LEMBRAR DE SUA ÚLTIMA PARTIDA, COM MEUS OLHOS CHEIOS DE LÁGRIMAS DE UM MENINO, COM O CORAÇÃO APERTADO PELA DOR DA PARTIDA DA VELHA “MARIA FUMAÇA”, SABENDO QUE SERIA UM ADEUS FINAL, PARA SEMPRE, AINDA CHEIO DE MUITOS MOMENTOS QUE BRINCAMOS COM ELA, VER ELA SAINDO DA VELHA ESTAÇÃO LENTAMENTE COM AQUELE BARULHO QUE ATÉ HOJE TENHO NAS MINHAS MEMÓRIAS E NO MEU OUVIDO, PARECIA QUE ESTAVA CHORANDO E LENTAMENTE ANDANDO SOLTANDO SEUS ÚLTIMOS SUSPIROS, TOCANDO PELA ÚLTIMA VEZ SEUS SINOS DE BRONZE, LINDOS, PUXANDO PELA ÚLTIMA VEZ SEUS VAGÕES, OLHEI PARA A ESTAÇÃO CHEIA DE PESSOAS DE TODOS OS NÍVEIS, TODAS AS CORES, PASSAGEIROS RICOS E POBRES, TODOS JUNTOS PARA UM ADEUS DOÍDO OU NÃO, INCLUSIVE A MAIORIA DE TODOS OS MOLEQUES  TODOS JUNTOS DESPEDINDO DA VELHA SENHORA “MARIA FUMAÇA”, ENTÃO SENTI MINHAS LÁGRIMAS CORRENDO PELA MINHA FACE, ERA UM ADEUS, OS VELHOS FUNCIONÁRIOS CABISBAIXOS TODOS CHORANDO NOS SEUS SILÊNCIOS, FOI UM MOMENTO ÚNICO, MARCANTE, COMO SÃO TODAS AS PARTIDAS E DESPEDIDAS.

E SEU APITO LONGO E DOÍDO IA AOS POUCOS SENDO CALADO, SUMINDO PELA DISTANCIA QUE A VELHA LOCOMOTICA PELA ÚLTIMA VEZ PERCORRIA NA VELHA ESTRADA DO TREM DE FERRO, DEIXANDO A VELHA SENHORA ITAPECERICA E NÓS PARA TRÁZ COM NOSSAS LEMBRANÇAS. ACABOU.

Plinio Elias de Araújo Oliveira – PEAO

Sítio São Francisco de Assis

Divinópolis – Minas Gerais

25/09/2021

“SONHOS”

SONHOS[PE1]  SÃO MUITOS, É O CONJUNTO QUE VAMOS FORMANDO EM NOSSOS CONSCIENTES DE MOMENTOS ÚNICOS, SÓ NOSSO, NÃO EXISTE UM PADRÃO, EXISTE MUITOS PENSAMENTOS, DIVERSOS VÃRIOS.

FANTASIAS EXISTEM MUITAS, DELAS DE VÁRIAS FORMAS, MUITAS E MUITAS FANTASIAS, MUITAS MARAVILHOSAS, OUTRAS TERRÍVEIS, OUTRAS DOÍDAS, QUE MACHUCAM, NOS FAZ CHORAR, NOS DEPRIME, NOS QUESTIONAM, MUITAS DE MUITOS MOMENTOS ÚNICOS.

PESADELOS, SÃO TERRÍVEIS,

NOSSOS BATIMENTOS CARDIACOS MUDAM COM OS MOMENTOS PENSADOS, SONHADOS, OS BATIMENTOS CARDÍACOS SÃO ALTERADOS CONSIDERÁVELMENTE, A PRESSÃO ARTERIAL TEM UMA MUDANÇA BRUSCA, AS TEMPERATURAS FICAM IRREGULARES.

PRECISAMOS SONHAR, NOSSOS CERÉBROS PRECISAM DOS SONHOS, NOS LEVAM EM LUGARES INIMAGINÁVEIS, É UMA VIAGEM MARAVILHOSA, MUITAS VEZES NOS DÃO A CORAGEM NECESSÁRIAS DE ALGUM ATO.

SONHOS SÃO SÓ NOSSOS, PRECISAMOS MUITO DELES.

SONHOS, FAZ PARTE DE NOSSAS VIDAS.

TEM UM SENTIDO? 

Plinio Elias de Araújo Oliveira – PEAO

Sítio São Francisco de Assis

Divinópolis – Minas Gerais

29/09/2021

 [PE1]

“PARTIDAS”

QUANDO DEIXAR ESTE MUNDO PARA TRÁZ, NÃO SEI PARA ONDE IREI E COMO IREI, SE ESTAREI PERDIDO OU NÃO.

SÓ SEI QUE UM DIA QUALQUER NÓS ENCONTRAREMOS NOVAMENTE, EM ALGUM LUGAR, ESPECIAL.

E JUNTOS CAMINHAREMOS COMO MUITAS VEZES FIZEMOS PELAS NOSSAS VIDAS AFORA, CAMINHANDO PELA MINHA ESTRADA, NOSSA ESTRADA, DESCALÇOS PISANDO NA TERRA BENDITA, ABENÇOADA, LEVANTANDO A POEIRA DO CHÃO DURO E SECO QUE VÃO SENDO ESPALHADAS PELO VENTO.

E CAMINHANDO CONTINUO E VOU SEGUINDO MAIS UM DOS VÁRIOS CAMINHOS QUE O DESTINO ME TRAÇOU, RESERVOU, QUE SÓ ELE SABE.

E AINDA TEREI MAIS ALGUNS, ATÉ CHEGAR NO MEU PORTO SEGURO, DEFINITIVAMENTE, ACHO.

VOU ANDANDO PELA MINHA ESTRADA E CONTINUO ANDANDO, SEMPRE ANDANDO PROCURANDO, ALGUM LUGAR ATÉ ENCONTRAR O PORTO, UM QUE SERA O MEU, E AÍ PARO DEFINITIVAMENTE.

E CAMINHANDO VOU, DEBAIXO DO BRILHO DAS LUZES DAS ESTRELAS, DO CLARÃO DO LUAR, E DO CALOR DO SOL, ATÉ ONDE OU AONDE?

NÃO SEI.

SIMPLESMENTE VOU CAMINHANDO, POR CAMINHOS CERTOS OU CAMINHOS INCERTOS, DIFÍCEIS, DOÍDOS. VOU.

PELO TEMPO AFORA, PROCURO AS NOSSAS PESSOAS AMADAS, AMIGOS, AMIGAS QUE SUMIRAM PELO MUNDO AFORA, MUITOS SE PERDERAM PELOS TEMPOS, NÃO MAIS ENCONTRAREMOS, NÃO MAIS RETORNARÃO, SERÃO SOMENTE SAUDADES, BELAS SAUDADES.

SOMENTE ALGUNS AMIGOS E AMIGAS, SOMENTE ALGUNS POUCOS AINDA ENCONTRAREI, ENCONTRAREMOS, TALVEZ, POUCOS, MUITOS POUCOS, ANTES DE IR.

CHORAMOS E COMO CHORAMOS NOSSAS SAUDADES, NOSSAS LEMBRANÇAS, NOSSOS MOMENTOS, SEMPRE TENTANDO E TEIMAMOS SER MAIS FORTES QUE AS LÁGRIMAS, NÃO SOMOS. NÃO SEREMOS NUNCA, JAMAIS.

E VAMOS INDO NA NOSSA PARTIDA, NAS NOSSAS PARTIDAS, IDAS, IREMOS SEMPRE CAMINHANDO, CAMINHANDO, EM SILÊNCIO E SILENCIADO PELA TRISTEZA DA DOR, NOSSAS DORES DE PARTIDAS, SERÃO SAUDADES. SOMENTE.

SÃO SIMPLESMENTE MINHAS, SIMPLES PARTIDAS.

COMO QUERO.

Plinio Elias de Araújo Oliveira – PEAO

Sítio São Francisco de Assis

Divinópolis – Minas Gerais

16/09/2021

“ESPERAR”

ESPERAR, É ESPERAR O QUE?

ESPERAR, O TEMPO CORRER LENTAMENTE.

ESPERAR, O TEMPO CORRER RÁPIDAMENTE.

ESPERAR?

ESPERAR A VIDA CONTINUAR.

ESPERAR A ROTINA NOS APRISIONAR.

ESPERAR A ESPERANÇA DE MUDAR.

ESPERAR, SOMENTE ESPERAR.

Plinio Elias de Araújo Oliveira

Sítio São Francisco de Assis

Divinópolis – Minas Gerais

23/09/2021