“UMA ESTRADA QUALQUER DE UM INTERIOR QUALQUER”
TODAS AS ESTRADAS DE UM INTERIOR QUALQUER, SÃO TODAS PARECIDAS.
SUAS CURVAS UMA ATRÁZ DA OUTRA, SUAS LARGURAS MÍNIMAS, SEUS BURACOS, SUAS SUBIDAS INGREMES.
SEUS ATOLEIROS, MAS SEMPRE VENCIDOS DE ALGUMA MANEIRA.
SUAS RIBANCEIRAS EXTREMAMENTES PERIGOSAS, MAS DE BELEZAS INDESCRITÍVEIS, MUITAS CHEIAS DE HISTÓRIAS TRISTES, OUTRAS ALGUMAS LEMBRANÇAS BOAS.
SUAS PONTES FRÁGEIS NOS LEVAM AO LIMITE DA CREDIBILIDADE E DA SEGURANÇA SE AGUENTAM OS PESOS OU NÃO QUE SÃO IMPOSTOS NO SEU DIA A DIAS, PELOS SEUS TRÂNSITOS.
ATÉ QUANDO?
SÃO CORTADAS POR SEUS CÓRREGOS, RIOS NATURALMENTE, QUE QUANDO ENRAIVECEM APRONTAM.
MUITOS COM SUAS CACHOEIRAS LINDAS VIRAM LAZER DE UM POVO, OU VÁRIOS, MAS QUE INFELIZMENTE DESCONHECEM SEUS PERIGOS.
ESTRADAS QUE NAS SUAS TORTUOSIDADES NOS LEVAM SEMPRE PARA ALGUM DESTINO, ALGUM LUGAR.
NOSSAS CIDADES, DISTRITOS, LUGAREJOS, ALDEIAS, NOSSAS PROPRIEDADES SIMPLES OU NÃO, MAS SEMPRE NOS LEVAM PARA ALGUM LUGAR, QUE QUEREMOS, E AMAMOS.
NOSSAS ESTRADAS.
QUE AINDA CONTINUAM COM SUAS CURVAS UMA ATRÁZ DA OUTRA, SUAS LARGURAS MÍNIMAS, SEUS BURACOS, SUAS SUBIDAS INGREMES, SEUS ATOLEIROS.
LEVANDO E TRAZENDO VIDAS, COM SUAS LUTAS SEUS SONHOS, SUAS ESPERANÇAS E DESESPERANÇAS.
ESTRADAS NOSSAS ESTRADAS.
QUE POR ELAS PASSAMOS.
Plínio Elias de Araújo Oliveira – PEAO
Sítio São Francisco de Assis
Divinópolis – Minas Gerais
01/11/2022
“NOITE FRIA”
A NOITE ÉSTÁ TÃO FRIA.
MAS A LUA CONTINUA COM SEU BRILHO CLAREANDO A NOITE QUE CONTINUA FRIA.
SENTIMENTOS AFLORAM NOS NOSSOS PENSAMENTOS.
NÃO SABEMOS SE BONS OU MAUS.
E A NOITE AINDA CONTINUA FRIA, NADA NOS AQUECE ESTAMOS TAMBÉM FRIOS.
NOSSOS PENSAMENTOS VÃO FICANDO CONGELADOS.
NÃO TEMOS REAÇÃO.
NÃO TEMOS COMO PENSAR, TENTAMOS, MAS NÃO TEMOS REAÇÃO, NÃO TEMOS.
NÃO TEMOS MAIS COMO AQUECER NOSSOS CORPOS QUE TAMBÉM ESTÃO FRIOS.
PROCURAMOS O AMOR, ESTAMOS ESQUECENDO DELE, DE SUA FORÇA.
SÓ ELE AQUECE, NOSSOS CORAÇÕES, NOSSAS ALMAS, NOSSOS CORPOS, MAS ESTAMOS PERDENDO-O TAMBÉM, NÃO PODEMOS.
SONHAMOS, MAS SONHOS NÃO SE AQUECEM.
E AINDA A NOITE CONTINUA FRIA, LÁ FORA.
Plínio Elias de Araújo Oliveira – PEAO
Sítio São Francisco de Assis
Divinópolis – Minas Gerais
17/10/2022
“PODER”
Não temos o poder de poder dizer nunca e não paramos nunca de dizer nunca.
Não temos o poder de querer no fundo de nossos corações sermos sempre jovens. Não temos.
Queríamos, queríamos. Como queríamos.
Questionamos, porque não continuamos jovens. Porque não? Porque não temos o poder de querer.
Mas não temos o poder de querer, não temos. Como queríamos.
A juventude tem o poder de brilhar como uma bela e valiosa pepita de ouro, como a beleza, pureza e dureza do diamante refletindo a luz forte e brilhante do sol. E vida a ser vivida intensamente.
Juventude, é força é poder.
Juventude, é luz é vida é emoção, são momentos únicos nossos de todos nós.
Onde regras são regras que são quebradas, a juventude tem este poder, poder dos jovens. Quebram regras.
De mudanças, muitas.
É muito difícil ficar velho, não existe propósito, nem vontades, não existe. Não existe sentido, porque?
Quais são? Pense.
Vamos lentamente perdendo nossos brilhos.
Vamos apagando nossas chamas que eram intensas em todos os sentidos de nossas vidas. E como eram.
Que eram como o brilho de uma pepita de ouro e como a pureza do diamante que brilha e reflete no sol suas grandezas, que vão perdendo seus brilhos, suas luzes. Que lentamente vão apagando, de alguma maneira.
É a vida. Que vai e vai, nos deixando.
Tentamos entender, mas não conseguimos.
Envelhecer? Porque? Qual o sentido?
Vamos virar pó, poeira.
Não temos respostas. Porque?
Não vamos ter, nunca, acredito que não. É a vida.
Sonhos aparecem do nada.
Sonhos são inexplicáveis.
Existem momentos que somos como uma música.
Existem momentos mágicos que da letra viramos poesia, da poesia viramos música, e em outros momentos somos ritmos, cadencia, som que nos tocam em alguns momentos profundamente.
A música nos cativa, nos acalma, nos elevam, nos extasiam, emocionam, nos excitam, nos transformam profundamente, nos transportam.
Muitas vezes nos leva ao amor, real, único, inacabáveis até utópicos. Bem profundamente.
Buscamos nossas histórias, nossos momentos de nossas vidas, e o que dela fizemos, se bom ou ruim, se certo ou errado, mas fizemos.
O que encontraremos.
Será?
O que será que vamos encontrar?
Só quando encontrar? Saberemos.
Plínio Elias de Araújo Oliveira – PEÃO
Sítio São Francisco de Assis
Divinópolis – Minas Gerais
30/08/2022
“FELICIDADE”
Felicidade o que é?
Tem hora que demora muito.
Tem momentos que não chegam hora nenhuma.
Ficamos esperando, sonhando, imaginando e continuamos esperando.
Não temos? Ou temos? Acredite.
Tem momentos que nos iludimos, e o tempo vai passando lentamente ou rapidamente. E continuamos esperando.
E a felicidade, nada de chegar.
Ficamos esperando e quando chega assustamos, não estamos preparados, não estamos.
E continuamos tentando saber, entender ou viver a felicidade.
E difícil, muito difícil.
Tem hora que dói muito, muito mesmo, profundamente.
Tem hora que machuca e machuca muito.
Profundamente, dolorosamente.
E como.
Tem hora que a busca pela felicidade escraviza.
Tem hora.
Felicidade são pequenos momentos nossos de nossas vidas, únicos inigualáveis.
A felicidade tem preços diversos.
A esperança da felicidade é só esperança para alguns.
Será?
Felicidades são várias em vários momentos de vários jeitos.
Felicidade são vários pedaços de emoções,
São equilíbrios, que vamos juntando de vários momentos, onde tentamos ser criativos.
E difícil a felicidade.
Mas ela está aí, ela existe, só temos que a encontrar e esperar ela chegar, que ela vem.
Plínio Elias de Araújo Oliveira – PEAO
Sítio São Francisco de Assis
Divinópolis – Minas Gerais - 20/08/2022
“NÃO JULGUES”
Quando for julgar,
Julgue com o coração e a alma.
Não julgues tendo a inveja como referência.
Não julgues tendo o ciúme como referência.
Não julgues tendo a cobiça como referência.
Não julgues tendo o ódio como referência.
Não julgues tendo a mentira como referência.
Não julgues tendo assoberba como referência.
Não julgues tendo a ganância como referência.
Não julgues tendo a falsidade como referência.
Não julgues tendo a hipocrisia como referência.
Não julgues tendo a maldade como referência.
Não julgues tendo a covardia como referência.
Não julgues tendo a incompreensão como referência.
Não julgues tendo a ignorância como referência.
Não julgues. Não julgues.
Plínio Elias de Araújo Oliveira – PEAO
Sítio São Francisco de Assis
Divinópolis – Minas Gerais
19/08/2022